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Do silêncio primordial, um canto teceu a tapeçaria de um mundo novo, vibrante e puro. Eu nasci desse som, mas não possuo voz. Fui testemunha da primeira aurora, da primeira estrela, do primeiro riso. Minha essência, imaculada, foi tocada por uma mão curiosa, que buscou o fruto proibido, não por malícia, mas por um amor que se julgava maior que a lei.

Vi a semente da discórdia ser plantada, e a sombra da dor se estender sobre um coração aflito. A cura, porém, não veio de poções ou magias velhas, mas de um ato singelo, um gesto de entrega que ecoou o canto da criação.

Um Leão, em sua majestade e sabedoria, pediu não por força ou astúcia, mas por uma virtude esquecida. Ele buscou a pureza de um coração que, embora errante, ansiava por redenção.

Qual é o sussurro que o Leão esperava, a chave para desatar os nós do destino e permitir que a vida florescesse onde a morte tecia sua teia? É a melodia que harmoniza a vontade humana com a divina, o sacrifício do eu em prol do verdadeiro bem.

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Avenida Almirante Barroso, 1758

Belém/PA

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